Em decisão acertada, a Diretoria Executiva do Departamento de Polícia Federal voltou a exigir a utilização de equipamentos de radiocomunicação como principal meio de comunicação para o serviço de transporte de valores.

O despacho consta na PORTARIA no. 30.491/2013 – GAB/CGCSP.

Segundo parecer da instituição, a decisão fulcra-se em aspectos práticos e científicos apontados por especialistas que entenderam que o uso de rádios em carro-forte é o único meio de garantir comunicação instantânea, especialmente nas chamadas ponto a ponto.

Tais chamadas são necessárias no momento mais crítico da operação, em que a guarnição de 2 ou 3 vigilantes deixa o carro forte e se encaminha até o caixa 24 horas para seu abastecimento, por exemplo.

Muitos locais não possuem sinal satisfatório de telefonia celular, que vinha sendo utilizado como comunicação principal (fato que causou a morte de muitos vigilantes por falta de comunicação). Nesse momento não pode haver falhas na comunicação entre vigilantes e carro-forte e entre carro-forte e escritório da empresa de transporte de valores.

Dados de 2013 apontam um aumento nos roubos ao setor no país: no estado de São Paulo, subiram 250% no ano de 2012 em relação a 2011.

O Serviço Móvel Privativo, comumente chamado de serviço de telefonia celular, poderá ser utilizado como subsidiário ou complemento de comunicação, em outros casos que não sejam de missão crítica. Em carro-forte, deve-se usar rádio bidirecional profissional.

Segundo a UIT (União Internacional de Telecomunicações, agência da ONU especializada em telecom), a radiocomunicação é a ferramenta de comunicação mais eficaz no combate a situações de emergência e catástrofes em geral. Simplesmente aperta-se um botão e transmite-se a mensagem, em tempo real. Não precisa discar, digitar sequências de números ou letras e não depende de torres, que numa emergência podem não funcionar – caso da telefonia móvel, por exemplo.

Fonte: AERBRAS.

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